O Clube da Gravura, impulsionado pelo desejo de popularizar a arte, teve como um de seus objetivos “fazer finanças” para a manutenção de uma revista gaúcha, teórica e progressista, de fundamentação marxista, a Revista Horizonte, um marco de ruptura com a tradição academicista que caracterizava a produção literária gaúcha. Como afirma Raul Rebello Vital Junior, “a revista foi criada com recursos oriundos do Clube de Gravura. Este tinha por objetivo principal angariar fundos por meio da edição e venda de suas gravuras. Faziam parte desta agremiação artistas renomados do nosso Estado. Entre eles, estão os dois fundadores do clube: Vasco Prado e Carlos Scliar”. Carlos Scliar foi também, e não por mera coincidência, sócio do Clube de Cultura e propositor de muitas atividades e exposições. Vasco Prado foi ativo colaborador do Clube de Cultura, tendo doado ao fim de sua vida, a tiragem da gravura exposta nesta mostra com a tradicional finalidade de apoiar financeiramente o campo progressista materializado no Clube de Cultura.
Carlos Scliar, Clareira. 1958 Linoleogravura
Lasar Segal, que por sua condição de judeu, como Scliar, teve encontrou resistência para o reconhecimento de seu trabalho inspirado no sofrimento da gente comum.
Liana Timm, em outro momento histórico, quando já se visualizava sua tendência atual para composição a partir de fotos, reiteradas vezes destinou sua produção para o auxilio financeiro do campo democrático progressista, em vários âmbitos da sociedade.
Carmem Morales, caracterizada pela precocidade de sua carreira e de sua morte, transitava entre a arte e a filosofia. Na convicção de que a arte não apenas é, mas, também, quer dizer, Carmem queria se comunicar com o povo, ajudando reiteradas vezes os movimentos populares.
Rafa Eis, um jovem artista da novel geração. Estudante de Artes Plásticas, suas gravuras apontam, com sensibilidade, para a subjetividade humana, a objetividade das dores do corpo e a coisificação humana.
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