Segunda Roda:uma homenagem a Bucefalo Caligulis e Onanlegrense Tavarish

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sexo em Moscou

Quando comecei a passear meus dedos
Pela sua marighelazinha já ficando molhada
Ela teve medo e recuou na resistência:
- Stálin! Stálin
Mas depois deu uma olhada
Viu meu sputnik pronto a entrar em órbita
E exclamou feliz da vida:

- Que vara! Que vara! Que nikita mais krutschev!
Eu era o sessenta
Ela era a lunátika Rainha Lunik IX
Me senti como se estivesse dando um xeque-mate
No próprio Karpov
E por não ser nem fidel e nem castro
Lambí sua rosa de luxemburgo
E a linda bolchevique gemia tesudinha:
- Ai, língua de seda,
Maravilhosa,
Me lenine toda,
Meu bem!
Me lenine toda,
Todinha!
Arranhava minhas costas com suas unhas de mil caranguejos
E sussurava entre beijos:

- Marx! Marx!
E o colchão de molas rangia: Mao tse tung!
Mao tse tung!
Fiquei putin.
Trocamos de cama
E a outra cama gemia assim:
Yeltsin! Yeltsin!
Me chamou de seu tesão
Maiakovsky do sertão
Engels azul do meio-dia
Poeta do real
Sua fantasia
Olhou-me nos olhos e disse:
- Tú és o meu Brejnev!
E ficamos por um tempão
Deitados no colchão de neve
E nos amávamos
Esperando o intervalo
Entre uma o outra greve
Trotsky!
Ela tinha uma xexeniazinha maravilhosa
Que deixava lamarcas
E quando o êxtase atingiu
Ao seu máximo górki
Quando estava prestes
A acontecer um orgasmo dissidente
Sussurou rangendo os dentes:
- Chove dentro de mim
Chove, chove,
Gorbatchev!

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